Paços da Serra, aldeia situada na encosta da Estrela, concelho de Gouveia, distrito da Guarda, é uma povoção antiga de origem romana, que em 1839 ainda pertencia ao concelho de Santa Marinha.

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A vila de Santa Marinha e a de Castro Verde foram as mais importantes na altura, estando no entanto a história de Paços mais ligada à vila de Castro Verde, onde as "terras do Crasto e de Passos" foram dadas pelo rei D. João I a um cavaleiro de Aragão como recompensa pelos serviços nas lutas com Castela, por ter morto "muitos Judeus" veio daí a origem do "Cabeço da Forca"

 

A 20 de Junho de 1888 é feita a primeira ata da Junta de Paróquia

da freguesia de S. Miguel de Paços. O pastoreio, a agricultura do

centeio e trigo, constituiram as principais ocupações dos seus

habitantes.

 

O famoso queijo da Serra da Estrela ainda que ainda é feito

manualmente, pela mulher do pastor com leite de ovelha, era um

dos meios de comercio mais frequente pelos pastores, como forma

de sustento.

 

Paços esteve localizado numa das mais importantes regiões de vinhos de Portugal, a região do "Dão". Castas especiais e um clima favoravel faziam do vinho produzido um dos mais apreciados de Portugal.

 

Como naquele tempo a vida dos agricultores da vila de Paços,  dependia do trigo, tiveram a necessidade de construir moinhos, que se situavam, uma grande parte, ao longo da Ribeira da Bandoiva sendo la também construidos fornos a lenha para cozer o pão feito da farinha moida. O pão cozido era constituido por: água, formento, farinha e sal, sendo o formento feito através da farinha que ao fim de moida se punha a azedar durante algumas semanas.

 

Como os fornos a lenha eram muito esseciais os seus proprietarios implementaram uma norma que cada habitante que ia cozer o pão, tinha de deixar a "Poia", isto é, tinham de fazer o pão o maior possivel para entregar o "forneiro" mais rápido ao habitante seguinte.